tag:blogger.com,1999:blog-85522823653111037392024-03-12T22:30:47.264-07:00Coisas (de São Paulo)Algumas curiosidades sobre São Paulo que acho por aí, recorto e guardo nesta "gaveta".Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-42374416553163326932011-11-02T12:09:00.000-07:002011-11-02T13:05:58.389-07:00Rio PinheirosNos tempos coloniais, o rio Pinheiros foi chamado de <i>Jurubatuba</i>, que em tupi significa "lugar com muitas palmeiras jerivás".<br />
<br />
Passou a ser chamado de rio Pinheiros pelos jesuítas, em 1560, quando eles criaram um aldeamento indígena de nome Pinheiros. Foi chamado assim por causa da grande quantidade de araucárias (ou <i>pinheiro-do-brasil</i>) que cobriam a região<br />
<br />
O Rio Pinheiros é formado pelo Rio Grande (com origem na Billings) e pelo Rio Guarapiranga (com origem na represa de Guarapiranga), os dois também tortuosos, até os anos de 1940, quando foram retificados.<br />
<br />
Os dois rios se encontram no bairro do Socorro, onde formam o Rio Pinheiros (nesse encontro há a indústria farmacêutica Bayer), que vai desaguar no Tietê (na Vila Leopoldina e Jaguaré). <br />
<br />
O Rio Pinheiros, com cerca de 45 km de extensão com a sinuosidade, tinha aproximadamente 100 metros de largura de sinuosidade, era uma serpentina, depois de retificado ficou com aproximadamente 24 km de extensão e uma largura média de 20,0 metros, por isso as inundações em época de chuvas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9szOeIMOsPmNXawQsCfIKW74vHB2oCraTMUYltPYg-nn0UyTSSVS7qwb9Dq7EjnQoDXKcfEUnKduMaDgrjZHv2GlJQ7W9ZFxM1KOaGi98xYiWTPlBPlT1AWitpr_Ozi_C1HTRx12j1LA/s1600/Rio_Pinheiros_1929.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9szOeIMOsPmNXawQsCfIKW74vHB2oCraTMUYltPYg-nn0UyTSSVS7qwb9Dq7EjnQoDXKcfEUnKduMaDgrjZHv2GlJQ7W9ZFxM1KOaGi98xYiWTPlBPlT1AWitpr_Ozi_C1HTRx12j1LA/s320/Rio_Pinheiros_1929.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
A partir da década de 1920, foram iniciadas as obras de retificação do rio Pinheiros. O objetivo destas obras era acabar com as inundações, canalizar as águas e direcioná-las para a Represa Billings, invertendo o sentido das águas, com a usina elevatória da Traição. Com isso, foram criadas condições para a instalação da Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, que recebia água do rio Tietê pelo rio Pinheiros e pela Billings, aproveitando o grande desnível da Serra do Mar, de mais de 700 metros, para gerar energia elétrica.<br />
<br />
O rio Pinheiros pode ser encaminhado no sentido mais conveniente, bastando desligar o bombeamento da usina de Traição e abrir uma barragem a jusante no rio Tietê para ele voltar a correr no curso natural. Em 1992, o bombeamento para a Billings foi proibido para proteger o reservatório de poluição. Hoje só é permitido o bombeamento para a Billings em eventos de chuva intensa, quando há perigo de enchente.<br />
<br />
<br />
<span class="ptexto">Em verdade o, curso das águas do rio pinheiros corre de Santo Amaro para o Jaguaré. Mas para que as águas abasteçam a represa Bilings, elas são bombeadas e fazem o curso contrário. No Rio Pinheiros as águas, em vez de descerem, sobem. </span><br />
<br />
Quando foi feito o represamento das águas dos rios formando a Represa Guarapiranga, no início visava também alimentar o Rio Tietê pelo Pinheiros em caso de estiagem na bacia do Tietê, abriam-se as comportas e essas águas iam até a Usina de Parnaíba, no rio Tietê, para acionar essa usina, que foi a primeira a ser construída no país pela Light.<br />
<br />
A elevatória de Pedreira, ao jogar água para cima e desaguar na Represa Billings, gera uma certa quantidade de energia elétrica que torna esse trabalho de consumo elétrico autossuficiente em energia. Quando descemos a serra do mar ou estamos na praia, podemos avistar a tubulação de descida dessa água. No trecho do rio que compreende a Billings, o rio tem duas estações de tratamento dessas águas poluídas,<br />
<br />
O Rio Pinheiros é histórico. Na sua margem esquerda, ainda tortuoso, foi construída a primeira usina de ferro das Américas nos anos de 1607. Por 25 anos produziu-se no engenho de ferro enxadas, picaretas, facões, bigornas, pregos, foices, perto da Ponte João Dias, onde também é conhecido como Morro da Barra, e ao lado outro morro, chamado Morro do Schimidt, onde desde 1973 foi construído ali o Centro Empresarial de São Paulo.<br />
<br />
Em sua margem direita, depois de retificado, construíram uma linha de trem que ia até a baixada santista. O trem percorria toda sua margem, tinha duas paradas aqui na nossa região, uma na Ponte João Dias e uma na Ponte do Socorro. A descida para o litoral na Serra era feita por cabos. Hoje em sua margem direita corre um trem moderno de passageiro, ligando Osasco até o bairro de Interlagos. <br />
<br />
Leia mais <a href="http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=2692">aqui</a>., de onde foram extraídas as informações acima.Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-37353568765755923942011-08-27T04:39:00.000-07:002011-08-27T04:54:41.274-07:0080 toneladas de lixo radioativo em Santo Amaro<br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><em>18/04/2011</em></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif;"></span><br />
<div style="font-size: 15px; font-style: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><em id="INICIO_TEXTO_NOTICIA" style="font-size: 15px; font-style: normal; text-decoration: none;">A Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente vistoriou nesta segunda-feira o terreno da antiga Nuclemon, atual INB (Indústrias Nucleares do Brasil). Localizada em Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, a área foi contaminada por material radioativo remanescente da USAM (Usina de Santo Amaro), que funcionou até 1992.</em></span></span></div><div style="font-size: 15px; font-style: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"></span></span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Atualmente, 80 toneladas de terra contaminada permanecem no terreno da INB. Trata-se de material que foi processado e que, apesar de boa parte ter nível baixo de contaminação, consiste em rejeito nuclear, que contém urânio e tório.</span></span></div><div style="font-size: 15px; font-style: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"></span></span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Durante a visita, a Comissão de Meio Ambiente cobrou da INB e dos representantes da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) providências quanto ao plano de remediação que está sendo executado no terreno: terra contaminada e subprodutos da indústria nuclear estão sendo removidos do solo e colocados em um galpão. O processo, com duração prevista para seis meses, sofreu atraso por causa das chuvas e ainda está em execução.</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif;"></span><br />
<div style="font-size: 15px; font-style: normal; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">O vereador Natalini (PSDB), presidente da comissão, disse que os parlamentares devem fazer um esforço para que o rejeito radioativo seja removido da Zona Sul da capital. “Não estamos convencidos com os argumentos apresentados a respeito da baixa radioatividade do material. São Paulo tem áreas licenciadas para o lixo perigoso, o que não é o caso daqui”, afirmou.</span></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">(</span></span></span></div>http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3625:comissao-vistoria-deposito-de-lixo-radioativo-em-interlagos&catid=34:comissoes&Itemid=91)<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 14px;"><em style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Texto de Gilberto Natalini (Vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo</strong></em></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 14px;"><em style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</strong></em></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 14px;">[...] Um exemplo claro da ausência de organização no setor é o silêncio da Cnen em relação ao caso da usina de Interlagos da Nuclemon. Após a vistoria da Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal, um laudo foi confeccionado com o apoio de todos os envolvidos na questão, que esclareceram a situação e permitiram um dimensionamento preciso do problema. A Cnen, contudo, manifestou-se tardiamente e de maneira superficial quanto ao destino adequado para as 80 toneladas de material radioativo armazenadas em Santo Amaro, um dos bairros mais populosos e importantes de São Paulo.<br style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal já definiu que um dos seus desafios em 2011 é retirar do coração de São Paulo, no bairro de Santo Amaro, as 80 toneladas de lixo radioativo que preocupam os especialistas e causam grande aflição nos moradores daquela região. E o governo federal deve atuar como parceiro nessa tarefa. Se bem administrada, a energia nuclear é eficiente, barata e limpa. Contudo, o dano ambiental causado por uma política ineficiente de manejo de lixo nuclear é gravíssimo.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 14px;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 14px;">(</span>http://www2.jornaldacidade.net/artigos_ver.php?id=10820)<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;"><strong>PARA ENTENDER</strong>(2010)<br />
A Nuclemon Mínero-Química era uma das empresas do programa nuclear brasileiro. Fechada em 1992, suas atividades foram absorvidas pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A Usina de Santo Amaro (Usan), uma das unidades da Nuclemon, foi desativada entre 1992 e 1996. A intenção era que os rejeitos da usina – um concentrado de urânio e tório – fossem levados para uma usina em Caldas (MG), no fim dos anos 90. Itamar Franco, então governador de Minas, proibiu o armazenamento de rejeitos radioativos de outros Estados em território mineiro. O material ficou na Usina de Interlagos (Usin), que guarda 1.154 toneladas de terra contaminada em 6.778 tambores. O terreno da Usan foi descontaminado, vendido e hoje abriga prédios.<br />
<br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;"><b>Ler também:</b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; line-height: normal;"></span></span><br />
<h3 id="post-837" style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 1.3em; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 30px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://decoamaral.wordpress.com/2010/05/02/vizinhos-mais-novos-nem-sabiam-sobre-o-risco/" rel="bookmark" style="color: #0066cc; text-decoration: none;" title="Link Permanente para Vizinhos mais novos nem sabiam sobre o risco">Vizinhos mais novos nem sabiam sobre o risco</a></h3><small style="color: #777777; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 0.9em; line-height: 1.5em;">02/05/2010<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; line-height: 22px;">O Estado de S.Paulo</span></small><br />
<div class="entry" style="line-height: 1.4em;">http://decoamaral.wordpress.com/2010/05/02/vizinhos-mais-novos-nem-sabiam-sobre-o-risco/</div><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: #252525; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif;"></span><br />
<h2 style="color: black; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">NUCLEMON -> Depósito de Lixo Radioativo na zona sul de São Paulo</span></h2>http://perigoconcreto.blogspot.com/2010/04/nuclemon-deposito-de-lixo-radioativo-na.html<br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; line-height: 14px;"><br />
</span></span>Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-89450069949948437952011-08-20T07:10:00.000-07:002011-08-27T04:27:18.343-07:00Terreno da fábrica Sylvania, na rua Amoipirá, 81, Vila Isa<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, Georgia, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 10px;">Em função do quadro ambiental detectado na região, o DAEE baixou a portaria 1594, de 5 de outubro de 2005, criando uma “Área de Restrição e Controle Temporário” da água subterrânea, em uma área mais abrangente do que aquela relacionada à ZUPI 131. A portaria estabeleceu que os usuários que tivessem outorgas para exploração da água nessa área, deveriam, em até 15 dias, apresentar ao DAEE análise da água de seus poços, de acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde, sob pena de terem suas autorizações canceladas.<br />
E quais as áreas mais problemáticas? Em março de 2007, a Sylvania, localizada à rua Amoipirá, 81, Vila Iza, vendeu a área em questão à empresa Rossi Residencial S.A., para a construção de um condomínio residencial. A unidade industrial se instalou no local em 1961, produzindo lâmpadas fluorescentes, incandescentes e HPS (high pressure sodium), além de cinescópios. A fabricação de cinescópios foi encerrada em 1974, quando a atividade passou a ser feita pela Philco, ainda na área da Sylvania. Há histórico de remoção de solo em quatro áreas do terreno, cujos trabalhos foram executados em 1995 por iniciativa da própria empresa. A remoção foi feita devido à detecção de cádmio, chumbo, mercúrio e hidrocarbonetos totais de petróleo (TPH) em amostras de solo coletadas no local. As investigações mais recentes indicaram a detecção de alumínio, antimônio, cádmio e chumbo em amostras de solo, cujas concentrações se mostraram acima dos valores adotados como referência para fins comparativos, quais sejam: valores orientadores de intervenção da Cetesb, norma holandesa ou Preliminary Remediation Goals (PRGs) da região 9 da EPA (agência ambiental dos Estados Unidos). Nas amostras de água subterrânea, detectaram-se as seguintes substâncias voláteis em concentrações acima dos valores referenciais supracitados: xilenos, etilbenzeno, benzeno, cis-1,2-dicloroeteno, cloreto de vinila, tetracloroeteno (PCE), tricloroeteno (TCE), 1,1,1-tricloroetano, 1,1-dicloroetano, 1,1-dicloroeteno, 1,2-dicloroetano e clorofórmio.</div><div style="padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 10px;">Os estudos efetuados na área indicaram a necessidade de implantação de medidas de intervenção para a mudança de uso planejada, quais sejam: medidas de remediação (solo e água subterrânea), medidas de controle de engenharia e investigação na área externa a jusante do terreno. Em 13 de fevereiro de 2009, a área foi vistoriada pela Cetesb. Na ocasião, constatou-se que os testes pilotos para a definição da técnica de remediação a ser implantada haviam sido finalizados. O início de operação do sistema de remediação foi previsto para junho de 2009, estimando-se que as metas de remediação fossem atingidas em junho de 2010.</div><div style="padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 10px;"><a href="http://qualidadeonline.wordpress.com/2010/08/13/area-contaminada-a-regiao-de-jurubatuba-sp-ainda-convive-com-esse-problema-muito-serio/">http://qualidadeonline.wordpress.com/2010/08/13/area-contaminada-a-regiao-de-jurubatuba-sp-ainda-convive-com-esse-problema-muito-serio/</a><br />
<br />
Para saber mais sobre técnicas de remediação: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/156/artigo167705-1.asp<br />
<br />
<b>Documento do Ministério Público do Estado de São Paulo:</b><br />
<br />
<a href="http://www.acpo.org.br/sylvania/mp_sylvania.pdf">http://www.acpo.org.br/sylvania/mp_sylvania.pdf</a><br />
- - -<br />
<br />
<br />
SYLVANIA – JETIRANA – Mercúrio<br />
Este caso do empreendimento da Jetirana na área da antiga Sylvania pode<br />
ser exemplar para compreensão do Gerenciamento de Áreas Contaminadas que<br />
se processa no Estado e no Município de São Paulo, e para a percepção das<br />
discussões que permearam as investigações da CPI. <br />
Os depoimentos dos técnicos da CETESB na reunião ordinária do dia 01 de<br />
setembro de 2009 estão sintetizados no quadro a seguir, tendo o conteúdo de<br />
cada tema tratado sido destacado na coluna anterior:<br />
<br />
<br />
<br />
Conteúdo Texto<br />
Passivo Ambiental<br />
O degelo do Pólo Norte é passivo ambiental do planeta. É a<br />
mesma coisa no terreno da Sylvania (ou em outras áreas): tem<br />
de ser assumido pelo responsável (quem estava ou quem<br />
comprou).<br />
<br />
<br />
<br />
Preocupação do<br />
Ministério<br />
Público<br />
O pedido do Ministério Público para que a SEHAB não aprove o<br />
projeto na área da antiga Sylvania é uma prevenção típica do<br />
papel do órgão, preocupado com a questão da cidadania: quer<br />
ter garantias de que primeiro o projeto de remediação ocorra a<br />
contento, para depois ocorrer a implantação e a ocupação da<br />
área, de forma que o adquirente compre um bem sem<br />
contaminação<br />
<br />
<br />
<br />
Averbação da<br />
contaminação na<br />
matrícula do<br />
imóvel<br />
Com este mesmo objetivo de preservar o direito do futuro<br />
comprador a uma habitação salutar, de qualidade, e sem riscos,<br />
a CETESB procedeu rapidamente à averbação da<br />
contaminação na matrícula do imóvel (com a Dra. Mariza<br />
Tucunduva)<br />
<br />
<br />
<br />
Papel de cada<br />
órgão<br />
<br />
<br />
Na reunião com o Ministério Público foi traçada uma diretriz<br />
para orientar os trabalhos, e as providências do órgão quanto à<br />
construção, ocupação e restrições.<br />
O Termo de Ajustamento de Conduta (conduzido em equipe, ou<br />
sob a presidência do Ministério Público) serve a esse tipo de<br />
situação. <br />
É importante coordenar um cronograma de toda remediação, o<br />
monitoramento, garantias de que a área está liberada para o<br />
uso, restrições para a edificação e a habitação.<br />
Por isto, vários agentes participam do processo, visando a<br />
preservação da saúde pública:<br />
• O acompanhamento técnico (remediação e outras ações) é<br />
feito pela CETESB (Agência de Santo Amaro, com o apoio<br />
do Setor de Áreas Contaminadas); deve haver uma nova<br />
reunião com o Ministério Público para prosseguimento<br />
dos trabalhos, dentro do cronograma do empreendedor;<br />
• A aprovação é da SEHAB e SVMA / DECONT;<br />
• O risco dos futuros trabalhadores em jardinagem do<br />
empreendimento: houve todo um aparato para evitar seu<br />
contato dérmico com algum eventual traço de contaminação<br />
ainda existente<br />
<br />
<br />
<br />
Risco para os<br />
trabalhadores<br />
Na Avaliação de Risco realizada, foi apontado o risco no<br />
contato dérmico com a água subterrânea para o trabalhador<br />
de obra. Os poucos trabalhadores que estão na área usam EPI,<br />
uma vez que um contato com o solo (ou eventualmente com<br />
água subterrânea contaminada) ainda<br />
<br />
<br />
<br />
Fiscalização MT<br />
O Ministério do Trabalho fiscaliza esse ponto.<br />
<br />
Outros riscos <br />
São associados a futuros residentes. <br />
O empreendedor deve suportar financeiramente o trabalho<br />
necessário para não haver o risco aos futuros habitantes.<br />
<br />
<br />
<br />
Área mais, ou<br />
menos,<br />
descontaminada.<br />
O objetivo de qualquer sistema de remediação, a metodologia<br />
adotada por qualquer projeto de gerenciamento de<br />
contaminação, é gerenciar os riscos e restabelecer a<br />
qualidade, de forma que o uso pretendido para a área seja<br />
seguro. Não para restabelecer sua qualidade ambiental<br />
natural, pois, onde houve uma contaminação, dificilmente se<br />
retorna a esta qualidade original. <br />
Por isto, é comum na gestão de áreas contaminadas um terreno<br />
estar mais, ou menos, descontaminado (como no Parque<br />
Villas-Boas)<br />
<br />
<br />
<br />
Dúvidas dos<br />
vereadores<br />
Áreas contaminadas sendo objeto de Edificação<br />
• NUCLEMON é outra área contaminada na região. A<br />
CETESB deveria esclarecer se é legal construir prédios<br />
em uma área contaminada, pois a obra de construção no<br />
terreno gera a dúvida acerca da contaminação ou não. Na<br />
região do Jurubatuba, a construção de prédios às vezes é<br />
interrompida, mas a torre volta a ser erguida.<br />
Relação entre o custo / benefício de se edificar moradias<br />
em uma área com tal potencial de risco<br />
• Considerando-se a extensão territorial do Brasil, há relação<br />
de custo e benefício em se edificar e adensar, para<br />
construir moradias, em cima de uma área com um potencial<br />
de risco tão alto diante de produtos tão perigosos? Ela não<br />
deveria ser destinada a outro uso?<br />
O lucro previsto é tão grande que compense um risco<br />
desconhecido? (informações da ação desses produtos<br />
tóxicos são verdades transitórias: muitos medicamentos são<br />
retirados do mercado após anos de uso) <br />
O laudo técnico pode trazer segurança ou estaremos<br />
forçando demais as explicações técnicas por ganância? Se<br />
houver pequenos tremores e movimentação de solo, as lajes<br />
vão garantir a segurança, ou haverá trincas, as soldas interlajes se abrirão e produtos voláteis passarão?<br />
Grandes catástrofes da humanidade ocorreram por falta do<br />
princípio da precaução. Deveríamos envolver mais gente<br />
nesse debate. Passados 20 anos, não encontraremos ali<br />
uma quantidade enorme de pessoas com câncer?<br />
Moratória no Relatório Final da CPI<br />
• Uma idéia prevista para o Relatório é a moratória de<br />
edificações de todas essas áreas contaminadas em São<br />
Paulo por alguns anos, para que as pessoas possam ter<br />
qualidade de vida. Cuidar das áreas contaminadas por 45<br />
alguns anos, pois os terrenos estão sendo edificados em<br />
uma velocidade exagerada para a nossa capacidade de<br />
descontaminar uma área tão grande.<br />
<br />
<br />
<br />
Resposta da<br />
CETESB:<br />
Reintegrar os<br />
Brownfields à<br />
Urbis é uma<br />
tendência<br />
mundia<br />
<br />
<br />
A preocupação com a ocupação de uma área anteriormente<br />
contaminada (ou que ainda tenha contaminação) existe: cada<br />
área tem um processo na CETESB, que age dentro da técnica e<br />
da tecnologia de remediação. <br />
Quanto à moratória, seria preciso uma organização dos órgãos<br />
envolvidos para se levantar onde há um risco maior, onde não<br />
há um risco maior. Nessas últimas, revitalizar e reintegrar à<br />
urbis, à Cidade.<br />
A recuperação de brownfields é uma tendência mundial e<br />
muitas vezes o monitoramento persiste até por algum tempo<br />
ainda (mesmo depois de remediado, encerrado, e monitorado e<br />
ocupado), para se garantir ao cidadão, ao adquirente, que ele<br />
vai viver e não estará sujeito a doenças crônicas, decorrentes<br />
do uso de produtos químicos que num momento são verdades e<br />
no outro se tornam vilãos.<br />
<br />
<br />
<br />
Análise dos<br />
Laudos pela<br />
CETES<br />
<br />
<br />
A conclusão sobre os laudos analisados do relatório<br />
apresentados à Cetesb é de que a área precisa ser remediada<br />
previamente ao uso.<br />
• Existe uma contaminação por solventes diversos (tanto<br />
halogenados, como não halogenados) e alguns metais -<br />
mais concentrada na camada subterrânea superficial do<br />
aqüífero (delimitadas três plumas, circunscritas à área do<br />
terreno), e precisa ser um pouco mais mapeada na área<br />
profunda. <br />
• Uma pequena dúvida está gerando uma complementação<br />
da investigação em uma lateral, oposta à portaria do antigo<br />
empreendimento, para uma nova avaliação de risco, e<br />
implementação das medidas de remediação. O<br />
empreendedor forneceu os mapas. (OBS: A apresentação<br />
da Jetirana / Rossi em 27/10/09 trouxe a informação de que<br />
“nenhuma amostra de solo apresentou concentrações<br />
acima dos limites da CETESB”).<br />
• Foi desenvolvido e aprovado um Plano de Intervenção com<br />
vistas a atingir as metas de remediação definidas para o<br />
caso: que permitam o uso com restrição apenas de uso da<br />
água subterrânea. Os valores são definidos para que não<br />
se tenha qualquer risco para contato que não seja<br />
ingestão de água. Ou seja, para todos os outros<br />
cenários, vai se gerenciar através da remediação. Essas<br />
metas não implicam não se ocupar o primeiro andar. Vai<br />
haver uma proteção de tal sorte que os habitantes em<br />
superfície (também no primeiro, e demais andares) não<br />
tenham contato nem com o solo, nem com água subterrânea<br />
<br />
<br />
(cuja captação e uso já está proibida na região). <br />
• Em termos construtivos, são dois edifícios-garagem, do<br />
nível superficial para cima. A ocupação planejada para<br />
residências tem intervenções só acima da superfície do<br />
solo. Não deve acontecer escavação, que ali está restrita. <br />
• A remediação utiliza uma técnica de air sparging: são feitos<br />
poços sobre as plumas e instalada uma malha para injeção<br />
de ar na água subterrânea e extração e captura de voláteis<br />
gerados por essa injeção. Um teste piloto demonstrou que,<br />
efetivamente, a concentração das substâncias cai muito<br />
rapidamente com essa tecnologia. Os contêineres com os<br />
equipamentos estão sendo instalados no local. Há ainda<br />
exigências complementares da CETESB que o<br />
empreendedor tem que atender.<br />
Remover, ou<br />
jogar terra em<br />
cima e depois<br />
cimentar<br />
• Em 1995 (a Sylvania ainda ativa), foi feita uma intervenção<br />
em determinada porção da área que apresentava<br />
contaminação (por metais), com remoção de 400 e poucos<br />
metros cúbicos de solo (focos de maior concentração da<br />
contaminação), e destinação a aterro industrial.<br />
• Com o Plano de Intervenção atual da Jetirana, não está<br />
afastada a hipótese de haver nova remoção (precedida de<br />
uma autorização para destinação, por se tratar de material<br />
ainda com contaminação presente).<br />
• É comum (quando as metas de remediação foram<br />
atingidas) empreendimentos adotarem medidas de<br />
engenharia como a cobertura do solo (eventualmente até por<br />
cobertura impermeável), para evitar a possibilidade de uma<br />
via de exposição se completar (contato dérmico com<br />
eventual resquício de solo contaminado).<br />
<br />
<br />
<br />
Cronograma<br />
CETESB:<br />
Remediação e<br />
Monitoramento<br />
<br />
<br />
• A Cetesb solicita que o monitoramento continue<br />
semestralmente, enquanto perdurarem as ações na área,<br />
para se ter noção exata de cada estágio, em termos de<br />
concentração, delimitação de pluma. O último relatório foi<br />
apresentado em dezembro de 2008. Já devem ter feito a<br />
coleta da nova campanha de amostragem em relação aos<br />
parâmetros de contaminação apresentada, e devem estar<br />
elaborando um novo relatório para apresentar.<br />
• O projeto de remediação está sendo implantado agora em<br />
setembro. Até o final do mês, deve haver o start up desses<br />
equipamentos, para que, no prazo necessário de um ano<br />
possamos saber, mediante as avaliações de monitoramento,<br />
quais as concentrações obtidas com a tecnologia de<br />
remediação empregada. E se isto já é seguro para liberar<br />
um projeto de Execução de Obra da Edificação, ou se há<br />
necessidade de maior intensidade de medida de<br />
remediação. Ou seja, um ano para o sistema de remediação 47<br />
operar, com dois relatórios de monitoramento para se<br />
avaliar a tecnologia aplicada.<br />
• Depois do monitoramento, atingidas as metas, mais dois<br />
anos para monitorar e manter enquadramento efetivo com<br />
oscilação do fluxo.<br />
<br />
<br />
Cronograma<br />
DECONT<br />
Pelo último relatório, solicitaram dois anos e concordam com<br />
as diretrizes. O empreendedor pode pensar como vai ocupar<br />
essa área (está dando os primeiros passos na SEHAB) e a<br />
manifestação do DECONT não concorda com aprovação e nem<br />
execução do empreendimento agora. Contam com, no mínimo,<br />
três anos: um tempo de ação de remediação, e outro de<br />
monitoramento que confirme o atendimento das metas.<br />
Relação CETESB<br />
DECONT/<br />
O caso da<br />
Sylvania<br />
No Estado de São Paulo, as áreas que estão sendo desativadas<br />
passam por negociação de passivo ambiental, atividade<br />
controlada pela CETESB. <br />
Quando foram desativadas há muito tempo, e não estão mais<br />
no cadastro da CETESB, o DECONT solicita uma investigação<br />
do passivo quando vão ser edificadas. Caso seja confirmado, há<br />
um convênio entre os órgãos, e o processo é encaminhado à<br />
Cetesb. <br />
Normalmente, quando o processo está em andamento na<br />
CETESB, o DECONT não acompanha. O Departamento analisa<br />
e faz parecer (para aprovação e desmembramento da área na<br />
SEHAB), manifestando-se em entendimento com a Cetesb, pois<br />
obtêm os pareceres do empreendedor. <br />
Na Sylvania, há um processo de acompanhamento e três<br />
específicos de SEHAB que estavam com o DECONT, e veio<br />
para a Câmara. Os técnicos vistoriaram o local sendo<br />
remediado, e o sistema está implantado.<br />
<br />
<br />
Relatório<br />
Gerenciamento<br />
CETESB –<br />
Novembro 2008<br />
A última lista publicada pela CETESB com a relação de áreas<br />
contaminadas na Cidade é de novembro de 2008 e está no site<br />
da Cetesb, por região metropolitana e por comitê de bacia. O<br />
DECONT tem uma listagem de 11.000 áreas potencialmente<br />
contaminadas no Município (particulares ou públicas, com ou<br />
sem nenhum tipo de análise).<br />
Relatório<br />
SERVMAR<br />
A área da Sylvania está abrangida pelo Relatório feito pela<br />
SERVMAR por contrato do DAEE. Não buscavam o diagnóstico<br />
da contaminação, do risco de cada área especificamente, e<br />
sim avaliar o potencial, e definir uma forma de gerenciar a<br />
contaminação: como gerenciar o uso da água subterrânea<br />
em função do uso do solo com um potencial de contaminação.<br />
Para o estudo, foi criado um grupo inter-institucional que contou<br />
com a participação da CETESB, a qual disponibilizou para a<br />
empresa seu Cadastro de Fontes de Poluição com dados<br />
sobre uso e ocupação na região.<br />
<br />
<br />
<br />
Esgoto dos<br />
prédios: SABESP<br />
Com relação à rede de esgotos dos prédios, há outro ator no<br />
cenário que é a SABESP, com seu planejamento de execução e<br />
de afastamento dos esgotos para a Estação de Tratamento de<br />
Esgotos. <br />
Não sabemos se os esgotos vão continuar poluindo o rio<br />
Jurubatuba ali ao lado, ou se a rede é suficiente para atender a<br />
todos os prédios dos condomínios que estão surgindo, em<br />
função da mudança de uso e ocupação do solo que está<br />
ocorrendo, como revitalização da região<br />
<br />
<br />
Além dos conteúdos aí destacados, é importante deixar claro neste Relatório<br />
a distinção entre a contaminação do aqüífero superficial (denominado por alguns<br />
como “lençol freático”) e a contaminação do aqüífero cristalino (ou Pré-<br />
Cambriano). Este último, “cobre uma área de aproximadamente 57.000 km2,<br />
localizado em toda a porção leste do Estado. É composto por rochas ígneas e<br />
metamórficas geralmente granitos, gnaisses, filitos, xistos e quartzitos, que são,<br />
em sua origem, praticamente impermeáveis. Entretanto, os eventos tectônicos, ou<br />
seja, aqueles eventos geológicos que estabelecem a movimentação da crosta do<br />
planeta, afetaram esses maciços cristalinos e, aliados à ação das intempéries na<br />
superfície, formaram sistemas de falhas e fraturas e porções de rochas alteradas,<br />
propiciando condições de percolação e acúmulo das águas subterrâneas,<br />
constituindo assim um aqüífero fraturado” (fonte: www.cetesb.sp.gov.br).<br />
A Companhia Ambiental de São Paulo divulga periodicamente seu Relatório<br />
de Qualidade das Águas Subterrâneas do Estado e diagnosticou “um<br />
déficit de 8 metros cúbicos por segundo de água para abastecer a região<br />
metropolitana”. Para suprir a deficiência e driblar o risco de racionamento,<br />
<br />
moradores recorrem aos poços, que são, segundo o relatório divulgado (2004-<br />
2006): “Legalizados, com outorga concedida pelo Departamento de Água e<br />
Energia Elétrica (DAEE), existem 07 mil poços, a maioria no ABC, Guarulhos e<br />
capital... Assim, 3 milhões de habitantes são abastecidos por água proveniente de<br />
poços subterrâneos.” Calcula-se que existem, ainda, 5 mil poços clandestinos ou<br />
irregulares, que oferecem riscos à saúde (pois podem ter sido abertos sem a<br />
técnica adequada), ou danos ao meio ambiente (pois se uma empresa clandestina<br />
paga o trabalho de abertura de um poço e não obtém volume suficiente, muitas<br />
<br />
vezes o buraco é abandonado, e pode provocar a contaminação do aqüífero. O<br />
DAEE possui uma Ouvidoria para denúncias, com o telefone 11-3293-8523.<br />
Foi em função destes riscos e danos que a DAEE contratou a empresa<br />
SERVMAR AMBIENTAL para estudar em detalhe e propor o gerenciamento dos<br />
poços encontrados nos 120 km quadrados delimitados pela consultoria na região<br />
de Jurubatuba, ampliando a chamada “Área de Restrição” delimitada pela Portaria<br />
daquele Departamento para São Paulo, anteriormente citada.<br />
É importante, ainda, destacar que no Relatório do Estudo, na área da antiga<br />
Sylvania foi identificado um poço de número 217, onde foi constatada a<br />
contaminação por organoclorados, bacteriológicos e radioatividade. Segundo<br />
técnicos da CETESB, apoiados pelo Relator, novas amostragens devem ser ali<br />
realizadas.<br />
A CPI perguntou, também ao Ministério Público do Estado de São Paulo<br />
acerca de investigações instauradas na região do Jurubatuba, e recebeu, além de<br />
informações constantes no Inquérito Civil 173/05 anteriormente mencionado (área<br />
da antiga Gillete), cópia dos 5 volumes do Inquérito Civil 064/07 (Poluição do<br />
solo e de aqüífero subterrâneo causada pelo descarte inadequado de pó químico<br />
usado em lâmpadas fluorescentes em terreno situado à rua Amoipira, nº 82, Vila<br />
Isa), que tramita na Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, tendo como<br />
investigado a Sylvania do Brasil Iluminação Ltda, como Representantes a ACPO –<br />
Associação de Combate aos Poluentes e a AEIMM – Associação dos Expostos e<br />
Intoxicados por Mercúrio Metálico.<br />
Em depoimento na reunião ordinária de 10 de novembro de 2009, o<br />
representante da Sylvania do Brasil Iluminação Ltda, senhor Valério da Cruz,<br />
Diretor Financeiro da empresa, demonstrou total desconhecimento sobre a<br />
gravidade dos contaminados por mercúrio, o que justifica alegando que trabalha<br />
no cargo desde 2005. <br />
A empresa já havia sido convidada e pediu dilação de prazo para reunir<br />
informações para a oitiva, porém ao enviar o representante, optou pelo subterfúgio<br />
de enviar representante desqualificado para o assunto em pauta na reunião<br />
ordinária. Apenas informou que as atividades industriais da empresa foram 50<br />
encerradas, e que apenas 33 trabalhadores ainda operam na empresa, sem<br />
nenhum tipo de problema. O depoente ainda afirmou que seis ou oito<br />
trabalhadores da empresa que estão pleiteando reparação e que o caso está<br />
sendo discutido na Justiça. Acompanhado pela advogada Julia Behera Rabinovic<br />
– OAB 216805, o depoente se postou a usar a palavra quando provocado por esta<br />
Relatoria, afirmou que estudos realizados no site da empresa demonstraram que<br />
já não contaminação por mercúrio no local e que qualquer questão levantada<br />
sobre contaminação na área externa da fábrica seria mencionada nestes estudos,<br />
fato que não ocorreu. O Vereador Ítalo Cardoso apontou a existência de laudo<br />
conclusivo da Prefeitura de São Paulo, datado de 1993 que a empresa teve que<br />
refazer toda sua planta operacional e que o Centro de Referência do Trabalhador<br />
aponta o número maior que seis trabalhadores com mercúrio no sangue. Relação<br />
de trabalhadores enviados pela Profa. Dra. Marcília Medrado de Araújo Faria, do<br />
Instituto Oscar Freire, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,<br />
mostra a relação de paciente com Mercurialismo Metálico Crômico post<br />
contaminação como operadores de produção da empresa Lâmpadas Sylvania.<br />
São 17 pacientes com síndromes relacionadas com o sistema nervoso, distúrbios<br />
de visão, demência, transtornos de encéfalo, e outras síndromes, além epilepsia,<br />
problemas imunológicos, e outras doenças de ordem psiquiátricas e<br />
hipertireoidismo. Vários pacientes tiveram negado os benefícios previdenciários,<br />
agravando ainda mais a situação destes ex-trabalhadores, tendo sido consenso na<br />
CPI que a Sylvania deveria tratar os trabalhadores com médicos e não com<br />
advogados. <br />
Já o representante (Valdivino dos Santos Rocha) da Associação dos<br />
Expostos e Intoxicados por Mercúrio Metálico, de antigos trabalhadores na fábrica<br />
de lâmpadas fluorescentes, afirmou em seu depoimento na mesma data, que o<br />
maquinário destes trabalhadores eram verdadeiras sucatas importadas do Japão.<br />
Ele estivera presente à uma Reunião Extraordinária da CPI (17/09/09), e<br />
relatou o histórico da contaminação com o mercúrio, manifestando sua<br />
preocupação: 51<br />
1. Com a saúde dos expostos, que está sendo monitorada no Hospital<br />
das Clínicas (o número do processo dos trabalhadores da Sylvania é<br />
14.293/06), mas não têm garantias da continuidade do processo de<br />
acompanhamento;<br />
2. Com a Assistência Social dos que estão impossibilitados ao<br />
trabalho, alguns inclusive, sendo morador de rua. Relatou que o Centro<br />
de Referência em Saúde do Trabalhador deu assistência para esses<br />
trabalhadores até uns quatro anos atrás, mas depois deu alta. A<br />
Associação é quem continua lutando contra a Previdência Social para<br />
conseguir um benefício para todos, pois uns conseguiram, outros não. <br />
3. Com o andamento de suas representações no Ministério Público<br />
Estadual e Federal. A CPI comprometeu-se a pedir celeridade nos<br />
processos, tão logo tenha a informação acerca de sua localização.<br />
4. Com o não cumprimento do acordo assinado pela empresa com o<br />
Sindicato dos Metalúrgicos, que garantia estabilidade no emprego<br />
(mesmo fechando aqui, ela continua responsável pelo tratamento) e até<br />
o tratamento: medicamento, hospital, internação, até o caixão.<br />
Comprometeu-se a enviar cópia do acordo, para que a CPI possa<br />
cobrar seu cumprimento pela Sylvania.<br />
5. Com a re-utilização da área pela Jetirana para construção de um<br />
conjunto habitacional, porque não existe descontaminação de mercúrio,<br />
que é cumulativo. Conhece o movimento mundial para abolir o<br />
mercúrio, e preocupa-se com o risco a que podem estar sujeitas as<br />
crianças que forem criadas ali. <br />
Sugeriu à CPI a mudança na legislação, para alterar o limite de 35<br />
miligramas de mercúrio por grama de creatinina (porque este limite não é seguro,<br />
nem para o trabalhador, nem para a população que está em volta das fábricas) e a<br />
maneira como é feito o monitoramento (para que o Estado seja responsável por<br />
isso, e não a empresa, em quem não se pode confiar).<br />
<br />
<a href="http://vereadorpenna.com.br/v1/wp-content/uploads/2009/12/Relat%C3%B3rio-Penna-CPI-dos-Danos-Ambientais.pdf">http://vereadorpenna.com.br/v1/wp-content/uploads/2009/12/Relat%C3%B3rio-Penna-CPI-dos-Danos-Ambientais.pdf</a><br />
<br />
- - -<br />
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</div>Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-90701406473805975712010-06-04T14:11:00.000-07:002010-06-04T14:52:55.990-07:00História do bairro Campo GrandeEm 153 a Companhia City – responsável pela implantação de bairros considerados nobres, como o Jardim América (o primeiro que a empresa urbanizou e loteou a partir de 1913) – solicitou à prefeitura municipal o alvará para arruamento de um bairro batizado de Campo Grande.<br /><br />O pequeno núcleo residencial foi urbanizado a partir de 1954. Nos anos seguintes um novo loteamento surgiu na região e – como de costume na capital paulista – os loteadores usaram o nome de distrito como chamariz. Assim surgiu o Jardim Campo Grande e a Vila Campo Grande.<br /><br />Com o crescimento desenfreado da região, no entanto, o projeto da Campanhia City não obteve os mesmos resultados de outros empreendimentos. O fato é que o núcleo se desenvolveu como uma área residencial cercada por grandes loteamentos industriais, por comercio de segunda linha e por uma área aberta a invasões, como de fato ocorreram nas décadas de 1970 e 1980.<br /><br />Hoje, do bairro planejado pela City restam apenas algumas ruas arborizadas. Atualmente, o Campo Grande dá nome a um grande distrito da zona Sul/Sudoeste da capital e abrange os seguintes bairros:<br /><br />Campininha, Conjunto Residencial Sabará, Jardim Alva<br />Jardim Anhanguera, Jardim Bélgica, Jardim Campo Grande<br />Jardim Consórcio, Jardim da Campina, Jardim Diomar<br />Jardim do Carmo, Jardim dos Prados, Jardim Ernestina<br />Jardim Juá, Jardim Luanda, Jardim Marajoara, Jardim Palmares<br />Jardim Sabará, Jardim Santa Cruz, Jardim Taquaral<br />Jardim Ubirajara, Jardim Umuarama, Jurubatuba,Parque Resid.Júlia<br />Usina Piratininga, Vila Agueda, Vila Almeida, Vila Anhanguera<br />Vila Arriete,Vila Baby, Vila Campo Grande, Vila do Castelo,Vila Emir<br />Vila Gea, Vila Isa, Vila Santana, Vila São Pedro, Vila Sofia<br /><span style="font-size:78%;"><br />Fonte: <span style="font-style: italic;">450 Bairros São Paulo 450 Anos</span>, Levino Ponciano, Ed. Senac São Paulo.</span>Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-46227007261543910912010-06-04T13:52:00.000-07:002010-06-04T13:55:04.056-07:00Maquete de 84 metros da Zona SulCoordenados pela dupla de desenhistas Gepp e Maia, 430 adolescentes de 43 escolas e ONGs da região de Santo Amaro levaram quatro meses na montagem desta maquete.<br /><br />São 84 metros quadrados com miniaturas estilizadas dos principais pontos da Zona Sul da cidade, como a Represa de Guarapiranga, o Estádio do Morumbi, a favela de Paraisópolis e o Autódromo de Interlagos:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGAzooRS0pkQnZ9o-n0fTS80_QuxR8bpkpNKmcEQZJirJvPQgj3pNDgO1VobbM5EVgI48j1TaZ4Pmpf8jrorHOlmpGiiHGfGq2dHBTCS8aq03mNACy6zTke11OIP3gWpUzPQIS1AIbuXM/s1600/caminhos-de-santo-amaro.jpg" target="_blank"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 195px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGAzooRS0pkQnZ9o-n0fTS80_QuxR8bpkpNKmcEQZJirJvPQgj3pNDgO1VobbM5EVgI48j1TaZ4Pmpf8jrorHOlmpGiiHGfGq2dHBTCS8aq03mNACy6zTke11OIP3gWpUzPQIS1AIbuXM/s400/caminhos-de-santo-amaro.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479024745125536354" border="0" /></a>Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-23392699139420467802010-06-04T13:23:00.000-07:002010-06-04T15:02:57.971-07:00História de Santo AmaroO nome daquele que foi um dos maiores bairros de São Paulo nasceu de uma pequena imagem. Santo Amaro, padroeiro dos agricultores e discípulo de São Bento, passou a denominar a região a partir de 1560, quando o casal João Paes e Suzana Rodrigues doou um santo de madeira à capelinha Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, instalada no aldeiamento de índios catequizados naquela área.<br /><br />O embrião da vila de Santo Amaro surgiu em 12 de agosto daquele ano, data em que os jesuítas tomaram posse oficial de duas léguas de terras de relevo suave, localizadas à margem esquerda do rio Jurubatuba. As terras foram doadas aos jesuítas pelo Capitão Francisco de Morais, em nome do padre Luís de Grã, provincial da Companhia de Jesus. A capelinha para a qual foi doada a pequena imagem de madeira do santo era o ponto central do aldeamento de índios. A pequena imagem do santo, ainda hoje, depois de 450 anos, pode ser vista na igreja matriz de Santo Amaro. A igreja do Largo 13 de Santo Amaro já passou por quatro grandes reformas, desde o seu surgimento, mas a imagem de madeira ainda está lá.<br /><br />Esta história está toda registrada em um mosaico que foi construído, em 1962, junto à estátua do bandeirante Borba Gato, ponto de referência na avenida Santo Amaro e do bairro de mesmo nome.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHkLd8sE6Ty9jSMjyoLsea1zsiNSJ-kLpRJhPzakeuKDtKDiiQ2Aw9aIFgP06JyL-1jFUTHDarm6UZoBWKNrOQoKNznv2W29UvPr44ijG2uPnuWyoiwoSK7KXDVLscoyeew2nOTyyLXOY/s1600/borbagato.jpg"><br /><br /><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHkLd8sE6Ty9jSMjyoLsea1zsiNSJ-kLpRJhPzakeuKDtKDiiQ2Aw9aIFgP06JyL-1jFUTHDarm6UZoBWKNrOQoKNznv2W29UvPr44ijG2uPnuWyoiwoSK7KXDVLscoyeew2nOTyyLXOY/s400/borbagato.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479041541047948866" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"> <span style="font-style: italic;">Mosaicos da e</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">scultura </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">"Borba Gato", de Júlio Guerra.</span></span><br /><br />Foi em Santo Amaro o lugar onde nasceu o bandeirante Manuel Borba Gato, que ficou conhecido por acompanhar seu sogro, Fernão Dias Pais, em busca da "Terra de Esmeraldas", de 1673 a 1680. Apesar de não encontrar esmeraldas nesses sete anos, mas apenas turmalinas, Borba Gato prosseguiu sua expedição e acabou achando ouro. O que lhe valeu a nomeação de Guarda Mór do Distrito do Rio das Velhas.<br /><br />Em 14 de janeiro de 1686, Santo Amaro tornou-se paróquia, por provisão do bispo do Rio de Janeiro, Dom José de Barros Alarcão. O primeiro vigário que Santo Amaro teve foi o padre João Pontes.<br /><br />Em 1737, a Ordem Régia 212 ordena que se faça um caminho ligando Santo Amaro à cidade de São Paulo. Em 1746, o Senado ordena que sejam refeitos os caminhos do "Mboi guassu à cidade, a cargo de sua freguesia e dos de Santo Amaro, descortinando-se os matos e dando desvios às águas".<br /><br />No começo do século 19, Santo Amaro possuía três ou quatro ruas e algumas chácaras, além da igrejinha com a pequena estátua.<br /><br />Em 29 de junho 1829, Santo Amaro começa o crescimento que o transformaria em um dos bairros mais populosos de São Paulo, com um sorteio para distribuição de terras aos colonos alemães que haviam escolhido as terras de Santo Amaro como moradia.<br /><br />Os colonos alemães chegaram após a proclamação da República.<br /><br />D. Pedro 1º incumbiu Von Schaeffer de obter na Europa soldados para lutar nas guerras do sul e colonos para povoar o Brasil.<br /><br />Com a chegada dos alemães e com o surgimento de várias atividades, principalmente agrícolas, a povoação de Santo Amaro foi elevada à categoria de freguesia e, logo em seguida, a 10 de julho de 1832, à categoria de vila.<br /><br />No ano seguinte, Francisco Antônio das Chagas (pai de Paulo Eiró), professor de primeiras letras, foi nomeado primeiro presidente da Câmara de Santo Amaro junto com mais 7 vereadores. A primeira sessão da Câmara de Santo Amaro ocorreu no dia 6 de maio de 1833.<br /><br />Na segunda metade do século 19, a vila de Santo Amaro tornou-se o celeiro de São Paulo, já que todos os gêneros de primeira necessidade, como mandioca, milho, feijão e arroz, eram produzidos e comercializados na região.<br /><br />O ano de 1886 foi recheado de grandes acontecimentos para Santo Amaro. No dia 14 de março, ocorreu a primeira viagem do trem que saída da rua São Joaquim, seguia pela rua Vergueiro, rua Domingos de Morais e avenida Jabuaquara, até o local da atual igreja de São Judas Tadeu, onde ficava a estação "do encontro". Depois, continuava o percurso cruzando vastos campos onde hoje estão os bairros Aeroporto, Campo Belo e Brooklin Paulista. O trenzinho, que levava uma hora e meia para concluir o trajeto, passava pela Chácara Flora e terminava seu percurso na vila de Santo Amaro, na praça Santa Cruz, onde está hoje a escola Lineu Prestes.<br /><br />Porém, o grande momento deste ano ocorreu no dia 14 de novembro, quando a vila de Santo Amaro recebeu a visita do imperador d. Pedro 2º e sua esposa.<br /><br />A vila de Santo Amaro terminou o século 19 rica e independente.<br /><br />No início do século 20 a história mudou. São Paulo foi palco da terrível epidemia de gripe espanhola. Santo Amaro, assim como a capital, também viveu dias de muito sofrimento e morte.<br />Em 1907, a São Paulo Light and Power deu início à construção da represa do Guarapiranga. Logo após sua construção, a represa virou um ponto turístico na cidade. Era sobre suas águas que os primeiros aviadores da cidade faziam suas demonstrações.<br /><br />Em 1935, três anos após as comemorações do primeiro centenário do município de Santo Amaro, o interventor federal, Armando Sales Oliveira, expediu um decreto que anexou a cidade de Santo Amaro à capital.<br /><br />Foi assim que Santo Amaro, município vastíssimo que então fazia divisas com São Vicente e Itanhaém, tornou-se um bairro da cidade de São Paulo.<br /><br />Muitos moradores de Santo Amaro foram contra a anexação e no mesmo ano em que esta ocorreu foi fundado o Centro Autonomista de Santo Amaro.<br /><br />Desde então, Santo Amaro já fez longas campanhas para readquirir sua autonomia, porém nenhuma delas obteve sucesso.<br /><br />A industrialização do novo bairro, na década de 1940, gerou uma ocupação desordenada do espaço. Hoje, o bairro é uma zona de contrastes sócio-econômicos e problemas de infra-estrutura. Santo Amaro é um dos retratos mais fiéis da sociedade brasileira, pois é um bairro que possui condomínios de luxo, com casas em que os preços ultrapassam o milhão de reais e bolsões pobreza como a favela Jurubatuba. É um bairro fraturado socialmente. Onde os ricos se divertem no Credicard Hall, no Teatro Alfa Real, no Clube Hípico de Santo Amaro e etc, enquanto os pobres se amontoam nas favelas sem saneamento básico. É um exemplo clássico, triste e terrível da realidade brasileira.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Fonte: Banco de dados Folha. </span><span style=";font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:78%;" >Por Renato Roschel</span><span style="font-size:78%;">, </span><span style=";font-family:Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:78%;" >do <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/bd/index.html" target="_blank">Banco de Dados.</a></span>Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8552282365311103739.post-56216415928379904152010-06-04T13:08:00.000-07:002010-06-04T13:16:54.416-07:00Subprefeituras e distritos da cidade de São PauloÉ confuso mesmo... Destritos, subprefeituras... Afinal como São Paulo está organizada?<br /><br />Veja neste mapa e tudo ficará mais claro!<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHJIHaJALXiT9EqjHCm1rXYINr3IYYMecU6I7ijKmW4U1x88OnauZUxkNFv6nnvdAiW_krbtpLnoKDyXJ7lxlruzNXE083HlbcriYc5gZUDEFHs_hKim637u6rWyBHwR_BUx5-oWn6sJI/s1600/subprefeiturassampa.jpg"target="_blank"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 265px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHJIHaJALXiT9EqjHCm1rXYINr3IYYMecU6I7ijKmW4U1x88OnauZUxkNFv6nnvdAiW_krbtpLnoKDyXJ7lxlruzNXE083HlbcriYc5gZUDEFHs_hKim637u6rWyBHwR_BUx5-oWn6sJI/s400/subprefeiturassampa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479013906049609026" border="0" /></a>Dulcehttp://www.blogger.com/profile/12040491503632592456noreply@blogger.com0